VI SEMINÁRIO POVOS INDÍGENAS E SUSTENTABILIDADE:
Saberes tradicionais e a contemporaneidade.
Data: 21 a 23 de setembro de 2015
UCDB, Campo Grande, MS
Programa de Pós-Graduação em Educação – Mestrado e Doutorado - PPGE/UCDB
Observatório da Educação Escolar Indígena/UCDB
Núcleo de Estudos e Pesquisas das Populações Indígenas/NEPPI-UCDB
Programa Rede de Saberes (UCDB, UFMS, UEMS e UFGD)
Apoio:
Programa de Pós-Graduação Mestrado em Desenvolvimento Local/UCDB
Universidade Federal da Grande Dourados
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul
Coordenação Geral: Dra. Adir Casaro Nascimento (UCDB)
Comissão Organizadora:
Dra Adir Casaro Nascimento (UCDB)
Ms. Adriana Salles (Rede de Saberes/UFGD)
Dr. Antonio Hilário Aguilera Urquiza (UFMS/UCDB)
Dra. Beatriz dos Santos Landa (Rede de Saberes/UEMS)
Dr. Carlos Magno Naglis Vieira (UCDB)
Ms. Eva Maria Luiz Ferreira (Rede de Saberes/UCDB)
Dr. Heitor Queiroz de Medeiros (UCDB)
Dr. José Francisco Sarmento Nogueira (NEPPI/UCDB)
Dr. José Licinio Backes( UCDB)
Ms. Leandro Skowronski (NEPPI/UCDB)
Dr. Neimar Machado de Sousa( FAIND/UFGD)
Justificativa:
O VI Seminário: povos indígenas e sustentabilidade busca dar continuidade aos
trabalhos desenvolvidos nos cinco primeiros que aconteceram em 2005, com o tema:
Políticas de sustentabilidade nas terras indígenas de MS; em 2007 com o tema: Saberes e
práticas interculturais na Universidade; em 2009 com o tema: Saberes locais, educação e
autonomia, em 2011: saberes locais e formação acadêmica e, em 2013: do campo ao
campus e do campus ao campo: trajetória de saberes. O VI Seminário terá como tema: os
saberes indígenas e a contemporaneidade e, a exemplo dos demais, pretende constituir-se
em uma oportunidade para a discussão e socialização de posturas teóricas e metodológicas
utilizadas em pesquisas sobre saberes locais, educação, saúde e gestão territorial. Pretende
continuar constituindo-se em um espaço privilegiado de interlocução entre povos
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indígenas, pesquisadores indígenas e não- indígenas e formadores de diferentes
instituições, regiões e países, enfatizando o tema dos saberes indígenas, formação
acadêmica, autonomia e protagonismo indígena.
Passados mais de 500 anos de colonização, o Brasil recenseou, no ano de 2010,
uma população indígena de cerca de 817 mil pessoas, agrupados em 305 etnias e
praticando, ainda, cerca de 274 línguas distintas. Por isso, apesar da grande redução das
línguas nativas , o Brasil apresenta uma das maiores diversidades de línguas no mundo. No
Mato Grosso do Sul encontra-se uma população indígena estimada em 73 mil pessoas, que
se agrupam em diversos povos distintos: Kadiwéu, Ofaié, Terena, Guarani e Kaiowá,
Atikum, kinikinau e Guató. Dentre eles, os Guarani e Kaiowá e os Terena representam dois
dos mais numerosos povos indígenas do país.
Entre tantos temas presentes nas discussões que envolvem os diversos povos
indígenas e as suas relações com o Estado, o espaço acadêmico, a produção de
conhecimento e a sociedade como um todo e que já foram focos deste fórum de reflexões ,
torna-se cada vez mais urgente um amplo debate que aprofunde a necessidade e a
importância do diálogo de saberes e, sobretudo, o lugar do saberes indígenas/ancestrais na
contemporaneidade. Perguntas como: o que são saberes tradicionais/indígenas ou
ancestrais, bem como por onde circulam, como se atualizam ou se ressignificam, como são
produzidos e transmitidos ou ainda, como se infiltram (ou não) nos outros saberes da
contemporaneidade, parecem pertinentes.
A conquista do direito ( Constituição de 1988 e seus desdobramentos nas diversas
areas) do uso de suas línguas maternas , dos processos próprios de aprendizagens, à
recuperação de seus territórios , de suas histórias, da reafirmação de suas identidades
étnicas e a valorização de suas ciências/saberes coloca sobre a mesa a necessidade de
problematizar e/ou evidenciar o potencial que as ciências tradicionais/indígenas têm para
continuar produzindo os seus conhecimentos bem como o potencial como fonte de
renovação da ciência do ocidente pós-colonial. Nesta perspectiva propor uma temática que
contemple as relações entre os saberes indígenas e a contemporaneidade nos remete à
complicada questão de fazer o enfrentamento epistemológico e metodológico entre o
tradicional/ancestral/local e o moderno/universal.
Considerando as novas demandas em Terras Indígenas, provocadas pelo projeto
colonizador e desenvolvimentistas e a chegada dos indígenas ( e dos seus saberes) em
espaços como as universidades ( graduação e pós-graduação) outras questões surgem de
forma latente neste processo : há questionamentos sobre os diálogos de saberes, ou seja,
como se dá a relação entre o saber ocidental e o saber tradicional, em seu retorno às
aldeias? Os saberes tradicionais são “atropelados” pelos novos saberes adquiridos ? Há um
diálogo intercultural, ou há uma imposição colonial, desta vez “imposta” por um membro
da comunidade, ou ainda, há um hibridismo destes saberes? Os saberes indígenas
provocam deslocamento da ciência ocidental no contexto da academia? Os problemas
postos para a contemporaneidade podem ser pensados ou ter alternativas de solução a
partir de um diálogo entre os saberes tradicionais e os saberes do ocidente? Estas são
algumas questões que cercam a trajetória do tema Saberes Tradicionais e a
Contemporaneidade e que tem provocado diversas inquietações que devem ser pensadas
agora, para construir um futuro que o coletivo deseja. Entender este caminho, pensar em
suas possibilidades, sua dinâmica e trajetória são questões deste VI Seminário.
05/08/2015 a 21/09/2015 Inscrição para o evento
27/07/2015 a 07/09/2015 Submissão de resumos (povossustentabilidade@gmail.com)
Até 10/09/2015 Publicação da avaliação dos resumos
Até 15/09/2015 Data limite para o texto completo - comunicação oral.
21 a 23/09/2015 Realização do Seminário
Obs. Os trabalhos aceitos só serão incluídos na programação após o pagamento da taxa de inscrição.
Valores Inscrição
Estudantes da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB): R$ 30,00
Comunidade em Geral: R$ 50,00
Grupos Temáticos
1. Educação Escolar indígena e a contemporaneidade
2. Educação Superior indígena e a contemporaneidade
3. Criança/Infância indígena e a contemporaneidade
4. Saberes indígenas e a contemporaneidade
5. Línguas indígenas e a contemporaneidade
6. Identidade e diferença e a contemporaneidade
7. As novas tecnologias digitais e a contemporaneidade
8. Desenvolvimento Local/Território/territorialidade na contemporaneidade
9. Formação de professores na contemporaneidade
10. Políticas públicas na contemporaneidade
Formatação:
Resumo: Máximo 2000 caracteres, fonte New Times Roman, tamanho 12, espaço 1, contendo de 3 a 5 palavras-chave.
Texto completo: de 10 a 15 páginas, fonte Times New Roman, tamanho 12, espaço 1,5, margem superior e inferior 2,5 cm, esquerda e direita 3cm. Os textos devem ter uma problemática, a ser desenvolvida, incluindo referencial teórico e considerações finais, citando apenas as referências utilizadas no texto, seguindo as normas da ABNT em vigor.
Vídeo: 10 minutos (máximo)
Texto completo: Sinopse do vídeo
Banners: O Painel deverá ser confeccionado no tamanho A0 (84 cm de largura e 120 cm de altura, aproximadamente), e nele deverá conter: o nome do evento; o título da pesquisa; o nome do proponente com a referência (Instituição, curso, nome do orientador, órgão de fomento, em caso de bolsista); e o texto de apresentação da pesquisa.
Relato de experiências: de 03 a 05 páginas, fonte Times New Roman, tamanho 12, espaço 1,5, margem superior e inferior 2,5 cm, esquerda e direita 3cm
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